25 de jun 2025
Otan discute aumento de gastos com defesa em cúpula histórica e decisiva
OTAN compromete se a aumentar gastos com defesa para 5% do PIB até 2035, em resposta à ameaça russa e pressão dos EUA.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, recebeu os 32 líderes em seu país natal - Foto: NICOLAS TUCAT/AFP
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A cúpula da OTAN, realizada em Haia, nos dias 25 e 26 de outubro, resultou em um compromisso histórico: os 32 países da aliança militar se comprometeram a aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB até 2035. Essa decisão surge em resposta à crescente ameaça da Rússia e à pressão dos Estados Unidos, especialmente durante a presidência de Donald Trump.
O principal resultado do encontro foi a definição de que 3,5% desse total será destinado a gastos com defesa central, enquanto 1,5% poderá ser utilizado em despesas relacionadas à segurança. Essa abordagem ampla permite que os países invistam em infraestrutura crítica e inovação, além de fortalecer a base industrial de defesa. A meta de 5% representa um aumento significativo em relação à atual diretriz de 2%, que ainda não é cumprida por oito membros da aliança.
Reafirmação do Artigo 5
Durante a cúpula, o Artigo 5, que garante a defesa mútua entre os aliados, foi reafirmado. Trump, que havia levantado dúvidas sobre a interpretação desse artigo, garantiu que os Estados Unidos permanecem comprometidos com a segurança coletiva. Essa declaração foi bem recebida por países que se sentem mais ameaçados, especialmente aqueles próximos à Rússia.
Entretanto, a posição da Espanha gerou controvérsia. O primeiro-ministro Pedro Sánchez defendeu que o investimento de 2,1% do PIB é suficiente, destacando as dificuldades financeiras do país. Essa resistência pode complicar a dinâmica entre os membros da OTAN, especialmente com a pressão dos EUA por maior contribuição.
Implicações Futuras
Os países da OTAN agora devem apresentar planos anuais para alcançar a nova meta, com uma revisão programada para 2029. A cúpula também reafirmou o apoio contínuo à Ucrânia, com um compromisso de mais de 35 bilhões de euros até 2025. A necessidade de investimentos em capacidades defensivas é clara, especialmente diante das ameaças percebidas.
A cúpula em Haia não apenas reforçou o compromisso da OTAN com a segurança coletiva, mas também expôs as tensões internas sobre a disposição de alguns países em atender às demandas dos Estados Unidos. O aumento dos gastos exigirá que os aliados europeus e o Canadá desembolsem bilhões de dólares, em um momento em que a segurança global está em constante transformação.




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