30 de jun 2025
Ataque aéreo israelense em Gaza deixa ao menos 21 mortos em área de descanso
Ataque aéreo israelense em Gaza eleva número de mortos para 48 em um único dia, intensificando a crise humanitária na região.

Destroços na cafeteria al-Baqa, devastada por um ataque israelense à orla da Cidade de Gaza em 30 de junho de 2025 (Foto: Omar AL-QATTAA / AFP)
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Pelo menos 21 pessoas morreram em um ataque aéreo israelense na praia de al-Baqa, na Faixa de Gaza, nesta segunda-feira. O ataque ocorreu em um local onde muitos visitantes se reuniam para descansar e acessar a internet. Com isso, o total de vítimas do dia chega a 48, segundo a Defesa Civil do Território Palestino.
O porta-voz da agência de emergência, Mahmoud Basal, relatou que o ataque atingiu uma área popular, conhecida por oferecer bebidas e espaço para famílias. Testemunhas descreveram a cena como aterrorizante, com corpos despedaçados e feridos clamando por socorro. Um cinegrafista local, Aziz al-Afifi, estava próximo ao local e afirmou que a explosão foi devastadora, deixando muitos colegas e conhecidos entre as vítimas.
Escalada de Violência
O ataque aéreo acontece um dia após Israel emitir uma das maiores ordens de evacuação desde o início do conflito, que recomeçou em outubro de 2023. O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, declarou que a operação visa intensificar os esforços para destruir as capacidades do Hamas.
Na madrugada de segunda-feira, 27 pessoas já haviam sido mortas em outros ataques israelenses, com 11 delas próximas a pontos de distribuição de ajuda. A situação em Gaza se agrava, com a guerra resultando em 56.531 mortes desde o início da ofensiva israelense, a maioria civis, conforme dados do Ministério da Saúde local.
Contexto do Conflito
O conflito entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que resultou na morte de 1.219 israelenses, a maioria civis. Além disso, 251 pessoas foram sequestradas, com 49 ainda em cativeiro. A escalada de violência e as retaliações israelenses têm gerado um número alarmante de vítimas em Gaza, enquanto a imprensa enfrenta dificuldades para verificar as informações devido às restrições no território.
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