03 de jul 2025
Lula e Cristina Kirchner geram tensão na cúpula do Mercosul com presença de Milei
Lula se reunirá com Cristina Kirchner após cúpula do Mercosul, enquanto Milei mantém cautela nas relações bilaterais.

Lula da Silva e Cristina Kirchner (Foto: Reprodução)
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participará da segunda cúpula do Mercosul em Buenos Aires, marcada para esta quinta-feira, 3 de outubro. O encontro ocorre em um contexto de tensões políticas, especialmente com a presença do novo presidente argentino, Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023.
Após a cúpula, Lula visitará a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar por corrupção. A visita foi autorizada pela Justiça argentina e gera cautela no governo de Milei, que busca evitar conflitos. Fontes oficiais argentinas afirmam que a Casa Rosada adotará uma postura cautelosa, evitando comentários sobre a visita.
Milei, que não é um defensor do Mercosul, foi persuadido a manter a Argentina no bloco por aliados e representantes do setor privado. O Mercosul é visto como uma plataforma comercial vital para negociações com outros blocos, como a União Europeia. A cúpula também deve formalizar um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).
Tensão nas Relações Bilaterais
A visita de Lula a Kirchner pode complicar ainda mais as relações bilaterais, já que Milei tem criticado abertamente o petismo. A ausência de um encontro bilateral entre Lula e Milei reflete a polarização política. Durante a campanha, Milei fez duras críticas a Lula, chamando-o de "ladrão".
O governo brasileiro, por sua vez, defendeu a visita, considerando que Milei não poderia reclamar, dado que ele mesmo se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro em ocasiões anteriores. A visita de Lula a Kirchner é vista como um gesto de solidariedade e pode fortalecer laços entre os líderes.
Expectativas para a Cúpula
Durante a cúpula, o Brasil assumirá a presidência rotativa do Mercosul, que inclui Uruguai, Paraguai e Bolívia. O evento é crucial para a ratificação do tratado com a União Europeia, que ainda enfrenta resistência de alguns países europeus. O chanceler argentino, Gerardo Werthein, destacou a importância do bloco em apoiar a reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas.
A flexibilização das tarifas do Mercosul também será discutida, permitindo que os países membros apliquem tarifas próprias em até 50 categorias de produtos. Essa medida é vista como essencial para que a Argentina avance em negociações comerciais com os Estados Unidos.
A visita de Lula a Cristina Kirchner, que ocorre em um contexto de manifestações de apoio, é um momento significativo para a diplomacia regional. O encontro pode abrir espaço para um diálogo mais construtivo entre Brasil e Argentina, apesar das tensões políticas atuais.




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