03 de jul 2025
Taiwan intensifica retórica de independência e provoca reações da China
A retórica de Lai Ching te contra a China aumenta, enquanto o Exército chinês se prepara para possíveis ações até 2027.

Presidente de Taiwan, Lai Ching-te, passa em revista as tropas durante visita à base aérea de Songshan, em Taipei (Foto: I-Hwa Cheng - 21.mar.25/AFP)
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A pressão da China sobre Taiwan tem se intensificado, especialmente após a posse do presidente pró-independência Lai Ching-te, em janeiro de 2024. O líder chinês Xi Jinping ordenou que o Exército de Libertação Popular esteja preparado para uma possível ação até 2027, com incursões diárias na zona de defesa aérea taiwanesa.
Desde a posse de Lai, a retórica contra a China se tornou mais agressiva. No dia 13 de março, ele apresentou 17 medidas para enfrentar as ameaças chinesas, enfatizando a importância da identidade nacional taiwanesa. Em discursos recentes, Lai tem convocado os cidadãos a se unirem contra o comunismo e a luta pela independência cultural e política de Taiwan.
Contexto Político
O Partido Democrático Progressista (PDP), de Lai, controla a presidência, mas enfrenta dificuldades no Legislativo, onde o Kuomintang (KMT) e o Partido do Povo de Taiwan possuem a maioria. O PDP busca recuperar o controle legislativo em uma eleição especial marcada para 26 de julho, na qual espera conquistar pelo menos seis cadeiras.
As declarações de Lai visam mobilizar o apoio popular e criticar o KMT, que defende uma abordagem mais conciliatória com Pequim. No entanto, a resposta da China tem sido severa, com autoridades chamando a retórica de Lai de um "manifesto de independência de Taiwan". A mídia estatal chinesa advertiu sobre possíveis consequências negativas.
Reações e Expectativas
A resposta militar da China pode incluir exercícios em larga escala, com testes de mísseis e operações navais ao redor de Taiwan. A situação é delicada, pois qualquer provocação pode escalar rapidamente. A expectativa é que os próximos discursos de Lai e as reações de Pequim moldem o cenário político e militar na região.
A tensão entre os dois lados do Estreito de Taiwan continua a crescer, com ambos os lados utilizando provocações controladas. A incerteza sobre a resposta dos Estados Unidos, especialmente sob a administração de Donald Trump, também influencia as decisões de Pequim. O equilíbrio permanece volátil, com o risco de um erro de cálculo que poderia levar a um conflito maior.
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