Reino Unido impõe sanções a espiões russos por atividades maliciosas

O Reino Unido impôs sanções a 18 oficiais da GRU, a agência de espionagem militar russa, em resposta a uma "campanha sustentada de atividades cibernéticas maliciosas". O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores britânico, que destacou que essas ações visam desestabilizar a Europa a mando do presidente Vladimir Putin. O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou que a medida é parte do apoio contínuo do país à Ucrânia.

Paralelamente, a União Europeia anunciou novas sanções, consideradas as mais rigorosas até o momento. Entre as medidas, destaca-se um banimento de transações relacionadas ao gasoduto Nord Stream e a redução do teto de preço para a compra de petróleo russo. O chanceler britânico, Rachel Reeves, reforçou que a Europa está intensificando a pressão sobre o Kremlin para encerrar o conflito na Ucrânia, que já dura três anos.

As sanções britânicas incluem a unidade 26165 da GRU, que esteve envolvida em ataques a Mariupol, resultando na morte de centenas de civis. Além disso, foram sancionados oficiais que utilizaram spyware contra Yulia Skripal, alvo de um ataque com o agente nervoso Novichok em Salisbury. O governo britânico também denunciou tentativas da Rússia de atacar organizações de mídia, telecomunicações e infraestrutura energética no Reino Unido.

Em resposta, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev afirmou que a economia da Rússia resistirá às sanções e que o país continuará suas operações militares na Ucrânia. As novas sanções da UE representam a 18ª rodada de medidas contra a Rússia desde o início da invasão em 2022. A pressão internacional se intensifica, com líderes europeus buscando apoio dos Estados Unidos para aumentar as restrições a Moscovo.