Luciana Vendramini fala sobre rótulo de símbolo sexual e escassez de convites na TV

Após um hiato de seis anos, Luciana Vendramini retorna à teledramaturgia com a série "Não Costumo Me Apaixonar por Telefone", disponível no YouTube. A produção é inspirada em sua icônica personagem Marcela, de "Amor e Revolução", que fez história ao protagonizar o primeiro beijo homoafetivo em uma novela brasileira.

A série, criada por Eve Cosendey, uma fã que se descobriu lésbica após assistir à cena, aborda o amor entre mulheres de forma sensível e sem apelo erótico. A primeira temporada conta com seis episódios e já está disponível, enquanto a segunda está em fase de finalização. A trama se concentra na amizade entre Marcela, uma mulher lésbica, e Marina, uma mulher heterossexual que descobre sua atração por outra mulher após um casamento conturbado.

Em entrevista, Luciana reflete sobre os desafios de retornar à TV e a escassez de convites para novos papéis. Ela menciona que o mercado ainda é dominado por "panelas" de amigos, dificultando a entrada de novos talentos. Apesar disso, a atriz se mantém ativa, buscando oportunidades e não hesitando em contatar produtores para testes.

Luciana, que se tornou um símbolo sexual nos anos 1990, também fala sobre sua experiência com a fama e os rótulos que a acompanharam. Ela expressa que, embora tenha recebido cantadas de homens, nunca teve relacionamentos lésbicos, afirmando que sua atração sempre foi voltada para homens. A atriz ainda revela que não se arrepende de ter posado nua em sua juventude, considerando isso parte de sua trajetória.

A série "Não Costumo Me Apaixonar por Telefone" representa não apenas o retorno de Luciana Vendramini, mas também uma nova abordagem sobre o amor e a sexualidade, refletindo a evolução das narrativas na televisão brasileira.