22 de jul 2025
Cessar-fogo frágil se mantém na província de Suweida, marcada por conflitos
Conflitos em Suweida intensificam a crise humanitária, com mais de 1.000 mortos e escassez crítica de medicamentos.

Dozens of government security personnel, all heavily armed, stand on an earthwork roadblock on the road to Suwedia, Syria. (Foto: Reprodução)
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Conflitos sectários em Suweida deixam mais de 1.000 mortos e geram crise humanitária
Recentes confrontos em Suweida, na Síria, entre combatentes Druzes e milícias beduínas resultaram em mais de 1.000 mortes. A situação, marcada por uma frágil trégua, continua tensa, com a escassez de medicamentos e a deterioração das condições humanitárias.
A BBC tentou acessar a cidade, onde a violência sectária se intensificou. Um comandante do exército sírio alertou sobre a presença de snipers Druzes na estrada, dificultando a aproximação. A área, antes vibrante, agora apresenta vilarejos desabitados e negócios destruídos. A trégua, imposta pelo governo sírio, visa conter a escalada de violência que já dura uma semana.
Milícias beduínas, em um clima de desafio, se aglomeraram nas estradas, disparando em sinal de protesto. Um líder beduíno afirmou que, caso os Druzes não honrem o acordo, eles reentrarão em Suweida, mesmo que isso signifique mais mortes. As facções Druzes acusam as forças do governo de apoiar os beduínos e realizar execuções sumárias.
A Crescente Vermelha Síria conseguiu evacuar alguns feridos, mas a situação no hospital de Deraa é alarmante. Riham Bermawi, coordenadora da organização, descreveu a situação como "catastrófica", com uma grave falta de suprimentos médicos. Feridos, como Ahmed, de 27 anos, relatam horrores vividos, incluindo a morte de crianças.
A violência sectária em Suweida representa um dos episódios mais graves desde o início do conflito sírio. Raed al-Saleh, ministro de gestão de desastres, expressou a necessidade de unidade entre as comunidades para enfrentar os desafios e buscar a paz. Contudo, a realidade nas ruas de Suweida continua a ser marcada pela incerteza e pelo medo.
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