26 de jul 2025
Políticos israelenses discutem expulsão de palestinos enquanto Gaza enfrenta fome
Ministro israelense sugere expulsão de palestinos em Gaza e nega obrigação de aliviar a fome, gerando forte condenação internacional.

Crianças palestinas imploram por comida em área de ajuda humanitária próxima a Khan Younis, na Faixa de Gaza, em 22 de julho de 2025 (Foto: AFP)
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Em meio à grave crise humanitária na Faixa de Gaza, um ministro israelense afirmou que Israel não tem a obrigação de aliviar a fome no território. Amichay Eliyahu, do Ministério do Patrimônio, sugeriu a expulsão da população local, gerando forte condenação. Ele comparou a situação a conflitos históricos, afirmando que "não há nação que alimente seus inimigos".
As declarações de Eliyahu ocorreram em um contexto de crescente fome em Gaza, exacerbada pelo bloqueio israelense que restringe o acesso a alimentos. Israel permitiu a entrada de alguns suprimentos, mas reduziu drasticamente os locais de distribuição, forçando os palestinos a enfrentar riscos de violência ao buscar ajuda. O ministro culpou o Hamas pela crise, afirmando que a fome é resultado das ações do grupo.
Reações e Consequências
As palavras de Eliyahu foram rapidamente criticadas por políticos da oposição, que afirmaram que ele não representa a maioria dos israelenses. Pesquisas indicam que a população apoia um cessar-fogo para a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não se posicionou oficialmente sobre as declarações do ministro.
Além disso, um plano de colonização da Faixa de Gaza foi discutido em uma conferência no parlamento israelense, propondo a remoção forçada de cerca de 2 milhões de palestinos. O projeto, que inclui a construção de moradias e infraestrutura, foi criticado como uma forma de limpeza étnica. A ativista Daniella Weiss, presente no evento, afirmou que já há famílias israelenses dispostas a se mudar para Gaza após a expulsão dos palestinos.
Esses eventos refletem a crescente radicalização de alguns setores do governo israelense, em um momento em que a comunidade internacional observa com preocupação a escalada das tensões na região.
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