27 de jul 2025
Desnutrição em Gaza atinge níveis alarmantes, alerta OMS sobre crise humanitária
Desnutrição em Gaza atinge níveis alarmantes, com 74 mortes em julho de 2025, enquanto ajuda humanitária permanece insuficiente.

Hidaya, mãe palestina de 31 anos, segura seu bebê doente de 18 meses, Mohammed al-Mutawaq, que também tem sinais de desnutrição, dentro de sua tenda no campo de refugiados de Al-Shati, a oeste da Cidade de Gaza — Foto: Omar AL-QATTAA / AFP/ 24-7-2025
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A crise humanitária na Faixa de Gaza se intensifica, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertando sobre níveis alarmantes de desnutrição. Em julho de 2025, foram registradas 74 mortes relacionadas à desnutrição, sendo 63 delas apenas nesse mês, incluindo 24 crianças menores de cinco anos. A OMS classificou a situação como "totalmente evitável", citando o bloqueio severo de ajuda humanitária como um fator crucial.
A desnutrição aguda afeta quase 20% das crianças na Cidade de Gaza, com a taxa triplicando desde junho. Em Khan Younis, a situação é igualmente crítica, com um aumento significativo nas taxas de desnutrição em menos de um mês. A OMS destaca que esses números podem estar subestimados devido às restrições de acesso a centros de saúde.
Pausas Táticas e Ajuda Humanitária
Israel anunciou uma "pausa tática" nas operações militares para facilitar a entrada de ajuda humanitária. Durante essas pausas, a ONU e outras agências tentam entregar suprimentos, mas a eficácia dessas medidas é questionada. Relatos indicam que, apesar das pausas, a situação não melhorou significativamente, e muitos ainda enfrentam escassez de alimentos.
A ONU estima que mais de 470 mil gazatíes vivem em condições semelhantes à fome, com muitos passando dias sem comer. A ajuda humanitária, embora solicitada, é considerada insuficiente, representando apenas uma fração do que é necessário para atender a população. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) enfatiza que a entrega de alimentos e suprimentos médicos deve ser ampliada urgentemente.
Impacto da Crise
A situação em Gaza é descrita como "inviável", com a fome sendo utilizada como uma estratégia de guerra. Especialistas afirmam que a escassez de alimentos e a falta de acesso a cuidados médicos estão levando a um aumento alarmante de mortes, especialmente entre crianças. O diretor do Ministério da Saúde de Gaza, Muneer al-Boursh, pediu um compromisso real para salvar vidas, destacando que cada atraso resulta em mais mortes.
A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto a pressão sobre Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária continua a crescer. A OMS e o PMA reiteram que, sem uma distribuição massiva de alimentos e suprimentos médicos, o risco de uma catástrofe humanitária em Gaza será iminente.
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