27 de jul 2025
Hiroshima e Nagasaki: reflexões sobre os impactos da bomba após oitenta anos
Conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia aumentam a urgência por desarmamento nuclear, enquanto o relógio do fim do mundo se aproxima.

O HORROR - O cogumelo se forma no horizonte: surge a arma que pode levar à destruição total da humanidade (Foto: Universal History Archive/Getty Images)
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Lá se vão oitenta anos desde que Hiroshima e Nagasaki foram devastadas por bombas nucleares, em agosto de 1945. Esses ataques, que resultaram na morte de 210 mil pessoas, marcaram o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, com uma corrida armamentista entre superpotências.
A explosão das bombas não apenas destruiu cidades, mas também moldou a geopolítica global. O uso de armas nucleares estabeleceu um novo paradigma de poder, onde possuir um arsenal nuclear se tornou essencial para a influência internacional. Desde então, nove países desenvolveram armas nucleares, incluindo Estados Unidos, Rússia, China e Índia.
Atualmente, a situação global é alarmante. A intensificação de conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, somada à resistência das potências nucleares em aderir a tratados de desarmamento, levanta preocupações sobre a segurança mundial. O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN) existem, mas as potências nucleares ainda não se comprometeram a desmantelar seus arsenais.
A História de Tsutomu Yamaguchi
Um dos sobreviventes mais notáveis é Tsutomu Yamaguchi, que estava em Hiroshima a negócios quando a bomba foi lançada. Com queimaduras graves e sequelas físicas, ele retornou a Nagasaki, onde também foi atingido. Yamaguchi se tornou um fervoroso defensor do desarmamento nuclear, levando sua mensagem à ONU até sua morte em 2010.
A memória dos ataques ainda ecoa, com os relatos dos Hibakushas, os sobreviventes que vivem com as consequências das explosões. A história de Yamaguchi, que será adaptada para o cinema por James Cameron, simboliza a luta pela paz e pela proibição de armas nucleares.
O Futuro das Armas Nucleares
A atual escalada de tensões, como o recente ataque de Israel e Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, destaca a fragilidade da paz. O relógio do fim do mundo, criado pela Associação dos Cientistas Atômicos, foi ajustado para 23h58 em 2025, um sinal de alerta sobre a crescente ameaça nuclear.
Embora a tecnologia nuclear tenha aplicações pacíficas, como na saúde, seu uso militar continua a ser uma preocupação global. A esperança é que a razão prevaleça e que a humanidade utilize essa tecnologia apenas para fins construtivos.
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