27 de jul 2025
Massacre em igreja no Congo deixa mais de 40 mortos em ataque brutal
Rebeldes da ADF atacam igreja em Komanda e deixam 38 mortos, incluindo crianças, em um massacre que intensifica a crise de segurança na região.

Ao menos 38 pessoas foram mortas em ataque perpetrado por grupo ligado ao Estado Islâmico na República Democrática do Congo (Foto: Reprodução/Twitter)
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Um ataque brutal realizado por rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), ligadas ao Estado Islâmico, resultou na morte de pelo menos 38 pessoas em uma igreja católica na cidade de Komanda, no nordeste da República Democrática do Congo, na madrugada deste domingo, 27. Durante uma missa noturna, os agressores invadiram o local, atacando os fiéis com armas e facões, além de incendiar casas e comércios nas proximidades.
De acordo com Jean Kato, funcionário da administração local, 15 pessoas ficaram feridas e várias outras estão desaparecidas. O massacre chocou a comunidade, que se encontra em luto profundo. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a devastação e o desespero dos moradores, que identificaram algumas das vítimas entre os mortos. Voluntários estão organizando enterros em valas comuns, já que os corpos permanecem no local do ataque.
Contexto de Violência
A ADF, que se estabeleceu na região após sua origem em Uganda na década de 1990, tem intensificado suas ações violentas nos últimos anos. A ONU e organizações de direitos humanos têm alertado sobre a crescente onda de violência, com a ADF sendo responsável por numerosos ataques a civis. Em um ataque separado na vila de Machongani, cinco pessoas foram mortas e várias sequestradas, evidenciando a gravidade da situação.
Vivian van de Perre, vice-chefe da Missão de Estabilização da ONU (Monusco), condenou o ataque, classificando-o como uma grave violação dos direitos humanos. A missão já havia alertado sobre o aumento da violência na região, onde a ADF continua a operar com impunidade, aproveitando-se da instabilidade local.
Reação da Comunidade
Líderes locais, como Dieudonne Duranthabo, pedem uma intervenção militar imediata, afirmando que "o inimigo ainda está perto de nossa cidade". A situação em Komanda reflete a fragilidade da segurança na região, onde cerca de 130 grupos armados disputam o controle de recursos naturais. A resposta do governo congolês e das forças de segurança tem sido criticada por sua ineficácia em proteger a população civil.
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