28 de jul 2025
Palestino do documentário vencedor do Oscar é assassinado por colono israelense
Ativista Odeh Hadalin é assassinado na Cisjordânia, evidenciando a escalada da violência entre colonos israelenses e palestinos.

Odeh Hadalin. (@HowidyHamza/Twitter)
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O ativista palestino Odeh Hadalin, conhecido por sua participação no documentário vencedor do Oscar Sem Chão, foi assassinado em 28 de agosto por um colono israelense, Yinon Levi, na vila de Umm al-Kheir, na Cisjordânia. Hadalin, que foi atingido nos pulmões, não sobreviveu aos ferimentos. O co-diretor do filme, Yuval Abraham, confirmou a morte e denunciou o ato nas redes sociais, descrevendo Levi como um colono já sancionado pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
Hadalin, professor e pai de três filhos, era um defensor ativo dos direitos humanos na região. Sua morte destaca a crescente violência entre colonos israelenses e palestinos, especialmente em áreas como Hebron, onde mais de 140 assentamentos israelenses estão em expansão, abrigando cerca de 450 mil colonos. A comunidade internacional considera essas construções ilegais, uma vez que ocorrem em território palestino ocupado.
Contexto de Violência
Este não é o primeiro incidente de violência envolvendo a equipe de Sem Chão. Em março, o codiretor palestino Hamdan Ballal foi agredido por colonos e detido por militares israelenses. Durante o ataque, ele sofreu ferimentos graves e foi mantido em condições desumanas, gerando indignação entre defensores dos direitos humanos.
O documentário Sem Chão retrata a luta dos moradores de Masafer Yatta contra a demolição de suas casas, em uma área designada pelo Exército israelense como zona de treinamento militar. Desde os anos 1980, cerca de mil palestinos, principalmente árabes beduínos, enfrentam a ameaça de remoção forçada. As demolições de casas e plantações são frequentes, e os moradores temem uma expulsão total iminente.
Repercussão Internacional
A morte de Hadalin gerou forte repercussão entre ativistas e políticos. O deputado israelense Ofer Cassif, opositor do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, lamentou o ocorrido, ressaltando a importância de Hadalin como uma voz da resistência local. A situação em Umm al-Kheir reflete a complexidade do conflito na região e a crescente tensão entre colonos e palestinos, especialmente após a escalada do conflito em Gaza.
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