Grupo hacker pró-Ucrânia assume responsabilidade por ciberataque à Aeroflot

A companhia aérea russa Aeroflot cancelou mais de 50 voos nesta segunda-feira, 30 de outubro, devido a um ciberataque que comprometeu seus sistemas de informação. O ataque foi reivindicado pelo grupo Silent Crow, que se associou aos Partisanos Cibernéticos da Bielorrússia.

O Kremlin classificou a situação como "preocupante", após a Aeroflot relatar falhas em sua infraestrutura de TI. A empresa confirmou que está colaborando com as autoridades em uma investigação criminal sobre o incidente. A maioria dos voos cancelados ocorreu no aeroporto Sheremetievo, em Moscou, afetando principalmente rotas internas, mas também destinos como Minsk e Yerevan.

O grupo Silent Crow afirmou ter destruído bancos de dados e sistemas corporativos, além de ameaçar divulgar os dados pessoais de todos os passageiros que já voaram pela Aeroflot. A declaração do grupo foi feita por meio do Telegram, onde também expressaram apoio à Ucrânia e à Bielorrússia.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, os ciberataques entre grupos pró-Ucrânia e pró-Rússia têm se intensificado. Embora muitos ataques sejam frequentemente exagerados, este incidente teve um impacto visível e imediato na operação da Aeroflot, afetando tens de milhares de passageiros.

A Aeroflot, que transportou mais de 55 milhões de pessoas no ano passado, enfrenta desafios operacionais crescentes, exacerbados por sanções ocidentais e pela instabilidade no setor aéreo. A situação atual ressalta a escalada das hostilidades, não apenas no campo de batalha, mas também no ciberespaço.