29 de jul 2025
Burkina Faso contesta versão da Costa do Marfim sobre morte de ativista
Governo de Burkina Faso classifica morte de Alain Traoré como assassinato e exige investigações sobre as circunstâncias do caso.

Alain Traoré, conhecido como Alino Faso, morreu enquanto estava sob custódia na Costa do Marfim (Foto: Presidência de Burkina Faso)
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Alain Traoré, ativista burquinense, foi encontrado morto em custódia na Costa do Marfim, onde estava preso desde janeiro sob acusações de espionagem. As autoridades locais alegaram que ele cometeu suicídio, mas o governo de Burkina Faso refutou essa versão, classificando a morte como um "assassinato" e exigindo investigações.
O corpo de Traoré, de 44 anos, foi anunciado como tendo sido encontrado em uma academia militar. O ministro da Informação de Burkina Faso afirmou que o governo "rejeita a teoria do suicídio" e que a morte é vista como parte de uma repressão política. Traoré era um defensor ativo dos governos militares na região do Sahel e tinha uma forte presença online, com mais de 400 mil seguidores no Facebook.
Após a morte, o ministro das Relações Exteriores de Burkina Faso, Karamoko Jean Marie Traoré, pediu que a verdade sobre o ocorrido fosse revelada e criticou a forma como a notícia foi divulgada, sem aviso prévio à família. Ele convocou o Chargé d'Affaires da embaixada da Costa do Marfim para obter mais informações sobre o caso.
A morte de Traoré levanta preocupações sobre as condições de detenção e os direitos humanos na Costa do Marfim. Grupos de direitos humanos já haviam denunciado as condições "desumanas" em que ele foi mantido. A promotoria pública da Costa do Marfim anunciou que investigações sobre os "motivos e circunstâncias" da morte de Traoré estão em andamento.
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