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01 de ago 2025

ONU acusa Israel de atirar em multidão que aguardava comida em Gaza

Multidão em Gaza enfrenta tiroteio enquanto aguarda ajuda humanitária; mais de 1.370 palestinos foram mortos desde maio durante entregas

Palestinos carregam suprimentos de ajuda que entraram em Gaza através de Israel, em Beit Lahia (Foto: Dawoud Abu Alkas/Reuters)

Palestinos carregam suprimentos de ajuda que entraram em Gaza através de Israel, em Beit Lahia (Foto: Dawoud Abu Alkas/Reuters)

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Um vídeo divulgado pelo Ocha, escritório de ajuda humanitária da ONU, mostra uma multidão desesperada por ajuda na Faixa de Gaza, enquanto tiros de soldados israelenses são ouvidos. Desde maio, mais de 1.370 palestinos foram mortos durante entregas de ajuda, com a maioria dos assassinatos atribuídos ao Exército israelense.

Na gravação, que foi publicada na quarta-feira (30), é possível ver pessoas agachadas perto da passagem de Kerem Shalom, aguardando suprimentos essenciais. O Ocha destaca que ninguém deveria arriscar a vida para conseguir comida. A funcionária Olga Cherevko relatou que a equipe enfrentou duas horas e meia de espera em um posto israelense, onde disparos ocorreram a centímetros da multidão. "À medida que o comboio se aproxima, pessoas famintas correm enquanto os disparos continuam", descreveu.

A situação se agravou desde que a Fundação Humanitária de Gaza (FHG) começou a operar no território em 27 de maio, substituindo o sistema de entrega da ONU. Embora Israel tenha levantado parcialmente as restrições, as organizações humanitárias afirmam que a ajuda é insuficiente. Em média, cerca de 140 caminhões de ajuda entram diariamente em Gaza, um quarto do necessário para atender a população de mais de 2 milhões de habitantes.

Aumento da Violência

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos informou que 859 palestinos foram mortos perto das instalações da FHG e 514 ao longo das rotas de transporte de alimentos. A maioria das vítimas são homens e meninos jovens. A organização enfatiza que não há evidências de que as vítimas representavam uma ameaça às forças israelenses.

A FHG, por sua vez, afirma que não houve mortes em seus pontos de distribuição e que está melhorando a proteção das entregas. Israel reconheceu que suas forças mataram palestinos em busca de ajuda, mas alegou que novas ordens foram dadas para aprimorar a resposta. A situação humanitária em Gaza continua crítica, com a necessidade de acesso expandido e revisão das restrições atuais.

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