Incêndio florestal na França atinge proporções históricas e segue fora de controle

Um incêndio florestal devastador no sul da França, considerado o mais grave em 75 anos, já consumiu 16.000 hectares, uma área maior que Paris. O fogo, que começou na terça-feira, resultou na morte de uma mulher de 65 anos e deixou 13 feridos, incluindo 11 bombeiros, com dois em estado crítico.

Atualmente, mais de 2.000 bombeiros e 500 veículos de combate a incêndios estão mobilizados na região de Aude. As condições climáticas melhoraram, com a diminuição da intensidade do fogo devido a ventos mais fracos e temperaturas mais baixas. No entanto, as chamas ainda não estão sob controle.

Situação Atual

As autoridades abriram 17 centros de acolhimento para os evacuados, enquanto os moradores das áreas afetadas foram orientados a não retornar. A Fiscalia de Carcasona investiga as causas do incêndio, que, segundo especialistas, está ligado às mudanças climáticas e à seca que afeta a região.

O incêndio é o mais devastador desde 1949, quando outro fogo queimou 52.000 hectares em apenas seis dias. O prefeito da vila de Jonquières, Jacques Piraud, relatou que cerca de 80% da localidade foi consumida pelas chamas, descrevendo a situação como "dramática".

Mobilização e Resposta

O governo francês intensificou os esforços de combate, utilizando nove aviões Canadair e cinco Dash para lançar água sobre as chamas. A ministra de Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, destacou que a gravidade da situação é uma consequência direta da seca e das mudanças climáticas.

Com cinco departamentos do sul da França em alerta laranja para incêndios, as autoridades continuam a monitorar a situação. Uma nova onda de calor está prevista, aumentando os riscos de novos incêndios na região. A mobilização de recursos segue em andamento, com o objetivo de conter as chamas e proteger a população local.