Ativistas da Just Stop Oil vandalizam túmulo de Darwin em protesto contra aquecimento global

Duas ativistas do grupo ambientalista Just Stop Oil foram acusadas de danos criminais após picharem o túmulo de Charles Darwin na Abadia de Westminster, em Londres, no dia 13 de janeiro. Alyson Lee, de 66 anos, e Di Bligh, de 77 anos, usaram tinta lavável para escrever a frase “1,5 está morto”, em referência ao limite de aquecimento global de 1,5°C, que foi superado em 2024. Ambas foram detidas pela polícia e liberadas sob fiança, com audiência marcada para 11 de fevereiro.

A ação ocorreu por volta das 10h e teve como objetivo chamar a atenção para a crise climática. As ativistas afirmaram que “passamos do limite de 1,5 grau que deveria nos manter seguros”, destacando o deslocamento de milhões de pessoas e a perda de três quartos da vida selvagem desde a década de 1970. O Serviço de Mudança Climática Copernicus confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado, com uma média de 1,6°C acima dos níveis pré-industriais.

Em uma declaração, Bligh mencionou que “Darwin estaria se revirando no túmulo” devido à atual extinção em massa de espécies. A Abadia de Westminster informou que o local permaneceu aberto durante todo o dia e que a tinta utilizada não causou danos permanentes ao túmulo. A polícia agiu rapidamente para conter a situação e garantir a segurança do local.

O Just Stop Oil é conhecido por suas ações de protesto, incluindo incidentes em locais culturais e esportivos. Desde sua fundação em 2022, o grupo registrou mais de 3.000 prisões relacionadas a suas atividades, que visam pressionar o governo britânico a interromper a extração e o uso de combustíveis fósseis até 2030.