Lula critica Trump por proposta de controle da Gaza: 'Fala coisas sem consequência'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou as declarações de Donald Trump sobre a intenção dos Estados Unidos de "assumir o controle" da Faixa de Gaza após um longo conflito. Em entrevista a emissoras de rádio de Minas Gerais, Lula afirmou que "as pessoas precisam parar de falar aquilo que lhe vem na cabeça" e questionou a lógica de realocar os palestinos, enfatizando que a situação em Gaza é um genocídio e que os EUA não são o país adequado para lidar com a reconstrução do enclave.

Trump, ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, defendeu a realocação permanente dos quase dois milhões de palestinos que vivem na região. Ele afirmou que os EUA poderiam enviar tropas para desmantelar bombas e criar um desenvolvimento econômico, mas suas declarações levantaram preocupações sobre a continuidade do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A proposta de ocupação e a falta de clareza sobre os planos geraram reações negativas e incertezas sobre o futuro da região.

No cenário interno, uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que a aprovação ao governo Lula caiu de 52% para 47%, com 49% dos entrevistados desaprovando sua gestão. A insatisfação é mais evidente entre eleitores de baixa renda e do Nordeste, refletindo frustrações com promessas não cumpridas e o aumento dos preços dos alimentos. O governo busca reverter essa situação com mudanças na comunicação, incluindo a nomeação de Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social.

A indefinição sobre a reforma ministerial tem gerado disputas entre partidos, especialmente entre PSD, PP e União Brasil. O PSD tenta barrar a indicação de Arthur Lira para o Ministério da Agricultura, enquanto o governo ainda não esclareceu as reais possibilidades de mudanças. A pressão interna também afeta a ministra da Saúde, Nísia Trindade, com rumores sobre uma possível troca com Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais. As articulações políticas seguem em andamento, com a expectativa de que decisões sejam tomadas em breve.