Clubes de Recife rompem laços com torcidas organizadas após episódios de violência

Dez dias após os episódios de violência envolvendo torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz, os dirigentes dos três principais clubes de Recife, junto ao presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco. O acordo visa romper qualquer vínculo entre os clubes e suas respectivas organizadas, estabelecendo 16 obrigações que incluem a proibição de apoio financeiro e logístico a essas torcidas.

Entre as medidas, está a proibição de reservar espaços nos estádios para as organizadas e a retirada de sócios identificados como membros dessas torcidas. Além disso, os clubes não poderão permitir a entrada de pessoas usando símbolos ou vestimentas associadas às organizadas. O TAC também determina que os clubes implementem sistemas de identificação facial e câmeras de videomonitoramento até junho de 2025.

Caso as obrigações não sejam cumpridas, os clubes enfrentarão multas de R$ 50 mil por cada descumprimento. As medidas serão reavaliadas em seis meses, com a participação dos clubes, órgãos de segurança e do Ministério Público. A reunião que resultou no TAC contou com a presença dos presidentes do Sport, Yuri Romão, do Náutico, Bruno Becker, e do vice-presidente do Santa Cruz, Marco Benevides.

As obrigações incluem a proibição de venda de ingressos para torcidas organizadas e a exclusão de membros dessas torcidas de qualquer cargo nos clubes. Além disso, os clubes devem apresentar relatórios sobre cada jogo e colaborar com investigações policiais, disponibilizando dados de sócios e frequentadores. A iniciativa visa promover um ambiente mais seguro nos estádios e combater a violência associada às torcidas organizadas.