Barroso afirma que STF analisará denúncia da PGR contra Bolsonaro com seriedade e imparcialidade

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou que qualquer denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro será analisada com seriedade e sem visão politizada. Barroso enfatizou que o processo penal se baseia em provas, e a expectativa é que a PGR apresente uma acusação contra Bolsonaro ainda esta semana. O ex-presidente e outras 39 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal por supostos crimes relacionados a uma tentativa de golpe após sua derrota nas eleições de 2022.

Bolsonaro, por sua vez, se reunirá com senadores da oposição em um almoço no Senado, onde discutirá a possibilidade de uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-presidente acredita que já há apoio suficiente na Câmara para aprovar a anistia, e tem buscado alianças com líderes de partidos como o PSD e o União Brasil. A reunião, organizada por senadores do PL e do Novo, não tem pauta definida, mas a anistia é um dos temas esperados.

O ministro Alexandre de Moraes negou um pedido da defesa de Bolsonaro para acesso à íntegra do processo, afirmando que os advogados já têm acesso total aos documentos. A defesa argumentou que não tinha acesso completo às provas, mas Moraes reiterou que a transparência do processo está garantida. O ex-presidente enfrenta acusações que podem resultar em penas de até 28 anos de prisão, caso a denúncia da PGR seja aceita pelo STF.

Enquanto isso, Bolsonaro minimizou a preocupação com a iminente denúncia, afirmando estar "zero preocupado" com as acusações. Ele tem intensificado esforços para garantir apoio político e pressionar o Congresso a aprovar a anistia, enquanto a expectativa sobre a denúncia da PGR cresce. A oposição, por sua vez, discute estratégias para lidar com a situação, considerando a possibilidade de que a denúncia possa impactar a dinâmica política no país.