19 de fev 2025
Lula dispensa ajudantes de ordens e justifica falta de confiança nas Forças Armadas
O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação de Mauro Cid, comprometendo Bolsonaro. Lula não nomeará militares da ativa como ajudantes de ordens, alegando perda de confiança. Cid, ex ajudante de ordens, teve acesso a informações sensíveis durante seu cargo. O tenente coronel tentou recuperar joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, apreendidas pela Receita. Cid é investigado pelo STF por divulgar dados sigilosos sobre ataque ao Tribunal Superior Eleitoral.
Foto:Reprodução
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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, decidiu hoje (19) retirar o sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). As informações fornecidas por Cid estão ligadas a investigações sobre uma suposta trama golpista que envolve o ex-presidente. Em contrapartida, o atual presidente Lula optou por não nomear ninguém para essa função, justificando a decisão pela "perda de confiança" em parte das Forças Armadas após os ataques aos prédios públicos em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro.
Lula afirmou que, inicialmente, entregaria a função a pessoas com quem trabalha desde 2010, incluindo militares aposentados. Essa escolha de não nomear oficiais da ativa é inédita, e o presidente declarou: "Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade." O ajudante de ordens é uma posição tradicionalmente ocupada por militares em atividade, que acompanham o presidente em sua agenda oficial e têm acesso a informações sensíveis.
Mauro Cid, que ocupou o cargo desde janeiro de 2019, teve uma ascensão significativa na carreira, passando de major a tenente-coronel. Ele é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, amigo de Bolsonaro. Com um salário bruto de R$ 26.239, Cid teve sua remuneração civil de R$ 1.734,92 encerrada com seu desligamento da Presidência em dezembro de 2022. Sua exoneração ocorreu em meio aos eventos de depredação em Brasília, e ele foi barrado de assumir um comando militar em Goiânia após pressão do governo Lula.
Além disso, Cid está sob investigação por tentar recuperar joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, que foram enviadas por sauditas a Bolsonaro e apreendidas pela Receita Federal. Ele também é investigado pelo STF por divulgar dados sigilosos relacionados a um suposto ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral, resultando em indiciamento pela Polícia Federal por divulgação de documento sigiloso.
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