21 de fev 2025
Crise política se intensifica na Argentina após escândalo da criptomoeda $Libra
Javier Milei, presidente da Argentina, enfrenta crise política após colapso da criptomoeda $Libra. O valor da $Libra disparou e caiu rapidamente, levando a acusações de fraude. O Senado rejeitou comissão de investigação, mas exigiu relatório sobre o escândalo. Pesquisa mostra que 49% acreditam que Milei agiu deliberadamente na promoção da moeda. Crise pode afetar a imagem de Milei, que já tinha apoio popular após medidas econômicas.
Foto:Reprodução
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A gestão do presidente argentino Javier Milei enfrenta uma crise significativa após o lançamento da criptomoeda $Libra, que resultou em perdas financeiras para milhares de investidores. Após promover a moeda em suas redes sociais, o valor da criptomoeda disparou de US$ 0,25 para R$ 5,54, mas logo desabou após a retirada de US$ 107 milhões por poucos investidores. Milei apagou suas postagens e alegou não ter conhecimento dos detalhes do projeto, o que gerou acusações de fraude e levou a uma série de processos judiciais contra ele.
No Senado, uma tentativa de criar uma comissão para investigar o caso, conhecido como “criptogate”, foi barrada por um voto, resultando em um pedido para que o governo apresente um relatório sobre o escândalo. A oposição, que busca capitalizar sobre a crise, já fala em instaurar uma comissão de inquérito e adiar as eleições legislativas previstas para outubro. A situação se complica ainda mais com a criação de um Escritório Anticorrupção pelo governo, criticado pela falta de independência.
A crise se intensificou após a promoção da $Libra, que foi vista como uma tentativa de Milei de se distanciar de um escândalo que ele mesmo provocou. A relação entre Milei e os criadores da criptomoeda, incluindo sua irmã Karina Milei, levanta suspeitas de conluio e corrupção. A pesquisa da consultoria CB indica que 49% dos argentinos acreditam que a promoção da moeda foi uma ação deliberada de Milei, e 77% desejam uma investigação aprofundada.
Milei, que até então desfrutava de apoio popular por suas políticas econômicas, agora enfrenta um desgaste de imagem. A crise pode impactar sua base de apoio, especialmente com a aproximação das eleições de 2025. A situação é crítica, pois a confiança do eleitorado, fundamental para a implementação de suas reformas, está em jogo. O presidente tenta contornar a crise atacando a imprensa e acusando seus adversários de quererem desestabilizar seu governo.
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