EUA registra 22 mil imigrantes detidos em um mês sob política de Trump

O Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA informou que 22 mil imigrantes em situação irregular foram detidos no primeiro mês do governo de Donald Trump, representando um aumento de 627% em relação ao ano anterior, durante a administração de Joe Biden. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, destacou que as ações do governo visam proteger a fronteira e deportar criminosos, afirmando que "centenas de milhares de criminosos puderam entrar neste país ilegalmente". No entanto, o DHS não especificou a categoria dos detidos.

A política de imigração de Trump inclui o uso de tropas na fronteira com o México e a possibilidade de abrigar detidos em instalações militares, como a base naval de Guantánamo. Apesar do otimismo em relação aos números de detenções, Trump expressou insatisfação com o ritmo das deportações, resultando na demissão do diretor do ICE, Caleb Vitello, por não cumprir metas. A secretária Noem também lançou uma campanha para desencorajar a imigração ilegal, enfatizando que "se você tentar entrar ilegalmente, será capturado e deportado".

Recentemente, Noem anunciou uma queda significativa nas prisões na fronteira, com apenas 200 detidos em um único dia, o menor número em mais de 15 anos. Essa redução é atribuída a uma mudança de política e à mensagem de que os imigrantes ilegais não são bem-vindos. No entanto, analistas apontam que a diminuição das travessias irregulares já era uma tendência antes da posse de Trump, com 61.400 detenções registradas em janeiro.

As deportações, que são uma prioridade do governo, totalizaram 37.660 no primeiro mês de Trump, um número inferior à média mensal de 57.000 deportações do último ano de Biden. A insatisfação com esses resultados levou a mudanças na liderança do ICE, com o objetivo de acelerar o processo de expulsões.