PT intensifica ofensiva contra Michelle Bolsonaro em resposta a ataques à primeira-dama Janja

Na última semana, o PT apresentou um conjunto de iniciativas no Congresso visando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em resposta aos ataques da oposição contra a atual primeira-dama, Janja da Silva. Os requerimentos, enviados pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), solicitam informações sobre denúncias de irregularidades envolvendo movimentações financeiras, uso de cartão corporativo e viagens de Michelle, além de suspeitas relacionadas ao programa Pátria Voluntária, que ela coordenou durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Os inquéritos estão sob a análise do Ministério Público Federal (MPF), Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal e Casa Civil. Lindbergh, que já havia acusado Michelle de praticar “rachadinha”, afirmou que a ação é uma retaliação às críticas bolsonaristas sobre os gastos de Janja. Em suas redes sociais, ele declarou: “(Para) Cada requerimento contra Janja, nós vamos apresentar duas contra Michelle Bolsonaro. VAMOS PRA CIMA!”

Nos ofícios, Lindbergh questiona saques em dinheiro das contas de Jair Bolsonaro, que teriam sido usados para despesas pessoais de Michelle e de pessoas próximas. As investigações apontam que essas operações foram realizadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Entre os beneficiários estão uma tia de Michelle e Rosimary Cardoso, assessora no Senado, que teria utilizado um cartão de crédito da ex-primeira-dama.

Lindbergh também solicitou à Casa Civil informações sobre todos os voos realizados por Michelle entre 2019 e 2022, buscando verificar se o programa Pátria Voluntária foi utilizado para fins pessoais. O programa, que incentivava o trabalho voluntário, foi coordenado por Michelle até sua extinção em março de 2023. Em resposta, o PL Mulher, grupo feminino do partido de Michelle, acusou Lindbergh de “requentar denúncias mentirosas” e afirmou que os requerimentos visam desviar a atenção dos escândalos do governo petista e da alta nos preços dos alimentos e combustíveis.