11 de mar 2025
Rubens Paiva é lembrado no Congresso com cobranças sobre sua morte e críticas a Bolsonaro
Rubens Paiva, ex deputado, foi mencionado quase 200 vezes no Congresso desde 1971. O filme "Ainda Estou Aqui" revitalizou as referências a Paiva em discursos recentes. A análise do STF sobre a Lei da Anistia impacta a memória de Paiva e sua história. A deputada Sâmia Bonfim destacou a ocultação de cadáver em discurso recente. A memória de Paiva cresce, com 93 menções entre 2011 e 2020, superando décadas anteriores.
Foto:Reprodução
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Desde a prisão do ex-deputado Rubens Paiva por agentes da ditadura militar em 1971, ele foi mencionado quase duzentas vezes em discursos no Congresso. A maioria das referências é de elogios ou em memória ao caso, destacando um isolamento do ex-presidente Jair Bolsonaro nas críticas ao ex-parlamentar durante seu mandato. A estreia do filme "Ainda Estou Aqui", que ganhou o Oscar de melhor filme internacional em 2024, revitalizou essas menções, com quatro ocorrências no final do ano e sete no início de 2025, todas de parlamentares de esquerda.
No dia 19 de janeiro, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) fez uma alusão ao filme e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inclusão do crime de ocultação de cadáver na Lei da Anistia, ressaltando a importância do julgamento. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), embora não tenha mencionado Paiva diretamente, fez referência ao filme em seu discurso inaugural, enfatizando uma mensagem de otimismo. O resgate da memória de Paiva teve um pico em 2014, coincidente com os 50 anos do golpe militar e a conclusão da Comissão Nacional da Verdade.
Desde 1971, foram 153 menções a Rubens Paiva na Câmara e 39 no Senado, com a maioria celebrando sua memória. O ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2012 e 2016, fez cinco menções, frequentemente apresentando alegações falsas sobre a causa da morte de Paiva. A solidariedade a Paiva não se restringe a partidos de esquerda; o MDB, por exemplo, aparece com 25 menções, refletindo sua posição de oposição durante a ditadura. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) é a que mais citou Paiva, com 15 discursos, enfatizando a responsabilidade dos parlamentares com a democracia.
A memória de Rubens Paiva tem sido exaltada nos últimos anos, com um aumento significativo nas menções após 2011. Em 2014, um busto em sua homenagem foi inaugurado na Câmara, e a Comissão Nacional da Verdade ajudou a esclarecer detalhes sobre sua morte. O desaparecimento de Paiva foi denunciado no plenário da Câmara em 1971, com cobranças por respostas sobre seu destino, evidenciando a luta pela verdade e justiça em relação aos desaparecidos políticos do Brasil.
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