16 de mar 2025
Moro defende anistia aos manifestantes de 8 de janeiro, mas critica invasões e punições excessivas
O senador Sergio Moro defendeu a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Jair Bolsonaro organizou ato em Copacabana, mas a mobilização foi fraca. Juristas alertam que a anistia pode enfraquecer a democracia brasileira. Projetos de anistia no Congresso podem incluir Bolsonaro, buscando reverter sua inelegibilidade. Pesquisa Datafolha revela que 62% dos brasileiros são contra a anistia aos golpistas.
Foto:Reprodução
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O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) manifestou apoio à anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro, afirmando que as punições, que podem chegar a 17 anos de prisão, são excessivas. Ele destacou que, embora não concorde com as invasões de prédios públicos, acredita que a anistia é necessária. Moro também criticou o governo de Lula, classificando-o como um "desastre". O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizou um ato em Copacabana em defesa da anistia, que ocorre uma semana antes do STF julgar uma denúncia que pode torná-lo réu.
A colunista Andreza Matais avaliou que a possibilidade de aprovação de projetos de anistia no Legislativo aumentou, com apoio de figuras como Gilberto Kassab, presidente do PSD. Ela observou que os presidentes da Câmara e do Senado estão discutindo o tema "sem constrangimentos". Os projetos em tramitação visam anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro e podem incluir emendas que beneficiem Bolsonaro, que já enfrenta inelegibilidade.
Juristas expressaram preocupações sobre a anistia a crimes contra a democracia, considerando-a um mau exemplo. Gustavo Sampaio, professor de Direito Constitucional, afirmou que anistiar tais crimes poderia encorajar novas tentativas contra o Estado Democrático de Direito. Outros especialistas, como Raquel Scalcon e Vitor Schirato, também criticaram a proposta, argumentando que anistiar golpistas representa um golpe na democracia.
O ato de Bolsonaro em Copacabana não atraiu o público esperado, com analistas políticos afirmando que a mobilização foi fraca. Para que a anistia seja aprovada, Bolsonaro precisaria de 257 votos na Câmara e 41 no Senado. Pesquisas indicam que 62% da população é contra a anistia, refletindo um cenário desafiador para o ex-presidente e seus apoiadores.
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