Tarcísio critica inflação e defende Bolsonaro como candidato em 2026 em ato no Rio

Dezessete dias após um evento em São Paulo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez um discurso marcante em Copacabana, no Rio de Janeiro, defendendo a anistia aos presos do 8 de janeiro. Durante sua fala, Tarcísio criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que "ninguém aguenta mais arroz caro, gasolina cara, o ovo caro", e insinuou que a volta de Jair Bolsonaro seria a solução para a alta dos preços. Ele se posiciona como um potencial candidato à presidência em 2026, alinhando-se à base bolsonarista, mas mantendo um diálogo com opositores.

Uma pesquisa realizada durante a manifestação revelou que 42% dos participantes preferem Tarcísio como candidato da direita caso Bolsonaro permaneça inelegível. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente, Eduardo e Flávio, também foram mencionados, mas com menor apoio. O evento, que teve a presença de Bolsonaro, foi marcado por críticas ao STF e ao governo Lula, com a defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Tarcísio, em seu discurso, fez comparações entre as penas dos manifestantes e a liberdade de criminosos, questionando a justiça das condenações. Ele argumentou que a anistia é necessária para pacificar o país e criticou a inflação, que, segundo ele, é um reflexo da gestão atual. O governador destacou que a população está insatisfeita com a alta dos preços e que a oposição deve focar nesse tema para as próximas eleições.

A manifestação, que contou com cerca de 18,3 mil participantes, foi considerada um fracasso em comparação a eventos anteriores de Bolsonaro. Apesar disso, o ex-presidente continua a ser visto como uma figura central na oposição. A pesquisa também indicou que 80% dos manifestantes apoiam o impeachment de Lula, evidenciando um clima de insatisfação com o governo atual e uma busca por alternativas na direita para as próximas eleições.