Julgamento revela detalhes da solicitação de visto de Enrique de Inglaterra após confissão de uso de drogas

Cinco anos após sua mudança para os Estados Unidos, a situação do príncipe Enrique de Inglaterra em relação ao seu visto se tornou incerta. A organização conservadora Heritage solicitou ao governo e a um juiz a revisão de sua solicitação de visto, após o príncipe admitir o uso de drogas no passado, o que poderia comprometer seu status migratório. Recentemente, o juiz Carl Nichols decidiu tornar públicos os documentos relacionados ao caso, mas os resultados foram considerados insatisfatórios, sem informações relevantes que indicassem a necessidade de Enrique deixar o país.

Os documentos, que totalizam 82 páginas, contêm muitos trechos censurados e apenas algumas conversas entre advogados e a corte, sem esclarecer a situação do príncipe. O juiz já havia afirmado anteriormente que não havia interesse público suficiente para justificar a divulgação das informações, embora a insistência da Heritage tenha levado à liberação dos documentos. A fundação argumenta que a confiança pública no governo poderia ser afetada e que Enrique poderia ter recebido tratamento preferencial, mas os registros não apresentam evidências concretas de má conduta.

Em sua autobiografia, "En la sombra", Enrique mencionou ter consumido cocaína e maconha, o que levanta questões sobre a veracidade de sua solicitação de visto. Se ele foi honesto sobre seu uso de drogas, isso poderia ter implicações para a concessão do visto, mas existem alternativas, como um visto diplomático, que poderiam ter sido utilizadas. O governo dos EUA reiterou que a divulgação total dos documentos poderia resultar em assédio e contato indesejado da mídia, reforçando que o público não tem interesse em conhecer todos os detalhes do caso.

Atualmente, Enrique, que é casado com uma cidadã americana, continua residindo em Montecito, Califórnia, e não respondeu diretamente à Heritage. Seu time legal afirmou que ele sempre foi "sincero" e que não recebeu tratamento especial. O ex-presidente Donald Trump comentou sobre a situação, afirmando que não iria atrás do príncipe e que ele já tem problemas suficientes com sua esposa, Meghan Markle, que criticou Trump publicamente.