Democratas enfrentam pressão de eleitores por maior combatividade contra Trump

Os políticos democratas enfrentaram críticas intensas de seus eleitores em assembleias municipais realizadas em diversos estados dos Estados Unidos, como Arizona, Maryland e Illinois. A insatisfação se intensificou devido à percepção de que o partido não está respondendo adequadamente às ações do presidente Donald Trump e à maioria republicana no Congresso. Durante esses eventos, eleitores pediram aos senadores Mark Kelly e Ruben Gallego que "lutassem de forma mais suja" com os republicanos, enquanto o deputado Glenn Ivey foi instado a demonstrar mais "espinha dorsal" em sua atuação.

A tensão entre os legisladores e seus eleitores se manifestou após a aprovação de uma medida de gastos governamentais que evitou uma paralisação, com a colaboração do líder da minoria no Senado, Chuck Schumer. Eleitores expressaram frustração com a falta de uma estratégia unificada entre os democratas, apontando que a ausência de um líder claro contribui para as divisões internas do partido. Em Maryland, um eleitor criticou Ivey por não estar "lutando" e por não ter uma estratégia compartilhada, enquanto em Illinois, uma participante pediu que o partido se comportasse como uma verdadeira oposição.

Republicanos também enfrentaram resistência em suas assembleias, embora muitos tenham seguido a orientação de evitar eventos públicos durante o recesso legislativo. Aqueles que não atenderam a essa recomendação, como o deputado Mike Flood e a deputada Harriet Hageman, foram vaiados por eleitores preocupados com cortes em áreas essenciais, como educação e pesquisa médica. Flood foi questionado sobre como poderia justificar a limitação de recursos para pesquisa médica, enquanto Hageman enfrentou críticas sobre cortes de gastos federais em seu distrito.

A insatisfação com o Partido Democrata é refletida em uma pesquisa da CNN, que aponta uma aprovação de apenas 29% entre os eleitores. A maioria dos eleitores democratas e independentes que se alinham ao partido acredita que a prioridade deve ser bloquear a agenda republicana, em vez de buscar acordos. Essa divisão interna e a pressão por uma postura mais combativa indicam um momento crítico para os democratas, que buscam se reerguer em um cenário político desafiador.