Tráfico de pessoas se intensifica no TikTok enquanto Trump endurece políticas migratórias
Coyote usa TikTok para promover tráfico de pessoas, mesmo com queda drástica nos cruzamentos indocumentados para os EUA.
Foto:Reprodução
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A proliferação de vídeos no TikTok promovendo serviços de contrabando de pessoas para os Estados Unidos tem crescido, apesar da queda significativa no fluxo migratório. Um vídeo recente apresenta um corrido que anuncia um "consulado exprés" para facilitar a entrada de migrantes indocumentados, destacando que não são necessários documentos, apenas um pagamento. As autoridades americanas relatam uma redução de 94% nas detenções na fronteira, com apenas 8 mil encontros registrados em fevereiro, evidenciando a eficácia das políticas de dissuasão implementadas.
Os contrabandistas, conhecidos como "coyotes" ou "polleros", continuam a operar, utilizando a plataforma para atrair clientes. Os vídeos frequentemente mostram supostos migrantes que chegaram com segurança, criando uma imagem de confiança. No entanto, a veracidade dessas declarações é questionável, uma vez que muitos podem estar sob coerção. Os preços para cruzar a fronteira variam de R$ 5 mil a R$ 7,5 mil, dependendo do destino, e as opções incluem travessias por túnel ou com documentos falsos.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e as autoridades estão cientes do uso das redes sociais para o tráfico de pessoas, mas os contrabandistas têm se adaptado, mudando para aplicativos de mensagens mais seguros. O TikTok afirma que o tráfico de pessoas é proibido em sua plataforma, mas a quantidade de contas de coyotes sugere o contrário. A popularidade do TikTok cresceu após a pandemia, permitindo que os contrabandistas alcançassem um público maior.
Embora a chegada de Donald Trump à presidência tenha impactado o negócio, com uma queda de 80% na atividade, os contrabandistas continuam a operar. Um coyote, identificado como Don Luis, afirmou que os preços caíram devido à diminuição da demanda. As rotas de contrabando se tornaram mais complexas, mas a presença nas redes sociais permite que esses serviços sejam promovidos abertamente, enquanto os migrantes buscam desesperadamente maneiras de se reunir com suas famílias nos Estados Unidos.
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