Turquia detém 343 manifestantes em protestos contra prisão do prefeito de Istambul

Protestos na Turquia e Prisão de Imamoglu

Na noite de sexta-feira, 21 de outubro, 343 pessoas foram detidas em protestos na Turquia, que ocorreram em diversas cidades, incluindo Istambul e Ankara. As manifestações foram motivadas pela prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, principal opositor do presidente Recep Tayyip Erdogan. O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, afirmou que as detenções visavam evitar a "violação da ordem pública" e que não haveria tolerância para "caos e provocação".

Os protestos começaram após a detenção de Imamoglu na quarta-feira, 19 de outubro, sob acusações de suborno e apoio a grupos terroristas. Apesar de a maioria dos atos ser pacífica, a polícia em Istambul utilizou spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes que tentavam romper barricadas. O governo de Erdogan, que não tolera os protestos, acusou o partido de oposição CHP, do qual Imamoglu faz parte, de corrupção.

Imamoglu, que já havia sido detido anteriormente em 2022, é visto como um forte candidato nas próximas eleições presidenciais de 2028. Sua prisão foi considerada politicamente motivada, especialmente porque ele estava prestes a ser nomeado como candidato do CHP. O partido condenou a ação do governo e pediu que seus apoiadores realizassem manifestações de forma pacífica.

As tensões políticas na Turquia aumentaram com a detenção de Imamoglu, que lidera algumas pesquisas de opinião contra Erdogan. O governo, por sua vez, defende as acusações contra o prefeito, alegando que ele está envolvido em atividades ilícitas. A situação continua a evoluir, com a população expressando descontentamento nas ruas.