Israel libera palestino que desenvolveu esquizofrenia após anos em prisão severa

Israel liberou Ahmad Manasra, um palestino que participou de um ataque quando tinha 13 anos, após cumprir uma pena de nove anos e meio. Durante sua detenção, Manasra desenvolveu esquizofrenia, com a defesa argumentando que sua condição mental foi agravada pelo tratamento na prisão. O advogado Khaled Zabarqa informou que, apesar da liberação, a saúde mental de Manasra é preocupante.

Em 2015, Manasra e seu primo atacaram uma colônia judaica em Jerusalém Oriental, resultando em ferimentos graves a um menino israelense. O primo de Manasra foi morto pela polícia durante o incidente. Após o ataque, Ahmad foi agredido por transeuntes israelenses e um vídeo do momento se tornou viral. Ele foi condenado por tentativa de homicídio.

Manasra foi mantido em isolamento a partir de novembro de 2021, após uma briga com outro detento. Relatos de sua família e advogados indicam que ele passou a maior parte do dia em uma cela pequena, apresentando sintomas de paranoia e delírios. Médicos que o avaliaram na prisão diagnosticaram esquizofrenia, atribuindo a condição ao estresse da detenção.

Apelos para a liberação antecipada de Manasra foram negados pelo Supremo Tribunal de Israel, que considerou sua condenação por terrorismo como um impedimento, independentemente da idade ou condição mental. Após a liberação, Zabarqa afirmou que a família aguarda informações sobre a saúde de Manasra, que se encontra com seus pais.