Julgamento de Sean 'Diddy' Combs por extorsão e tráfico sexual é adiado para segunda-feira

O julgamento de Sean "Diddy" Combs, acusado de crimes federais como extorsão e tráfico sexual, foi adiado para segunda-feira em Nova York. A seleção do júri, que envolve um grupo de 45 pessoas, tem sido complicada devido à notoriedade do rapper. O juiz federal Arun Subramanian decidiu que os jurados serão anunciados uma hora antes do início dos argumentos, para evitar que se sintam intimidados durante o fim de semana.

A advogada Nicole Westmoreland se juntou à defesa de Combs, que pode adotar a estratégia de alegar violência mútua. A ex-namorada de Combs, Cassie Ventura, é a principal acusadora e a primeira a processá-lo, buscando uma indenização estimada em R$ 50 milhões. Ventura, que está grávida, alega ter sido espancada, estuprada e forçada a participar de atos sexuais enquanto era filmada.

A dinâmica do caso é complexa, especialmente considerando que Westmoreland é uma sobrevivente de estupro e se apresenta como defensora de vítimas de abuso. A defesa pode argumentar que Ventura também era agressora, uma estratégia que pode ser contestada pelos promotores. O juiz Subramanian observou que "pessoas fortes podem sofrer coerção, tanto quanto pessoas fracas".

O julgamento pode se estender por até seis semanas, e a presença de testemunhas, incluindo uma mulher descrita como "vítima número três", é incerta. Ela deveria relatar experiências de coerção, mas pode não comparecer ao tribunal, levantando preocupações sobre a segurança pessoal e a integridade do processo.