Justiça mantém joias da Coroa da Itália sob posse do Estado e rejeita herança
Tribunal de Roma mantém joias da Coroa sob custódia do Estado; família de Umberto II planeja recorrer ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
Foto:Reprodução
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O tribunal civil de Roma decidiu que as joias da Coroa da Itália, avaliadas em € 300 milhões, permanecerão sob a custódia do Estado. A decisão foi tomada após o pedido da família de Umberto II de Savoia, último rei da Itália, ser considerado "manifestamente infundado".
As joias, que incluem mais de 6 mil diamantes e 2 mil pérolas, estão guardadas no Banco da Itália desde 1946, quando a monarquia foi abolida. Umberto II, que reinou por apenas 34 dias, deixou as joias sob a responsabilidade do então ministro da Casa Real, com a orientação de entregá-las ao governador do banco na época.
A ação judicial foi iniciada em fevereiro de 2022, após tentativas de mediação entre os herdeiros e o Banco da Itália não resultarem em acordo. Os descendentes alegaram que as joias eram o único bem da antiga realeza que não havia sido confiscado. O advogado da família, Sérgio Orlandi, já previa a necessidade de recorrer à Justiça, afirmando que a mediação não levaria a lugar nenhum.
Desdobramentos da Decisão
Na última quinta-feira, o tribunal rejeitou o pedido da família, levando Orlandi a anunciar que recorrerá ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. A nova ação buscará que o governo italiano reembolse os herdeiros pelo valor das propriedades que pertenciam a Umberto II.
A advogada do Banco da Itália, Olina Capolino, comemorou a decisão e expressou a expectativa de que o Estado exiba as joias em um museu em breve. A disputa sobre a propriedade das joias da Coroa continua, refletindo a complexidade das questões de herança e patrimônio histórico na Itália.
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