Justiça determina que Google libere mais de 2.000 vídeos da Jovem Pan

A Justiça Federal determinou que o Google Brasil preserve mais de 2.300 vídeos da Jovem Pan. A decisão, da juíza Sílvia Figueiredo Marques, atende a um pedido da organização Sleeping Giants Brasil, que alegou que a emissora apagou conteúdos relacionados a discursos de ódio e desinformação.

A ação foi motivada pelos ataques de 8 de janeiro e busca garantir a preservação de provas que, segundo a Sleeping Giants, estão sendo eliminadas. A organização afirma que a Jovem Pan deletou ao menos 417 vídeos que continham discursos de ódio, ataques ao sistema eleitoral e informações falsas sobre vacinas e mudanças climáticas. A remoção de conteúdos teria aumentado após a emissora se tornar alvo de um inquérito do Ministério Público Federal (MPF).

Detalhes da Decisão

A juíza destacou que a preservação dos vídeos é essencial, pois alguns já foram apagados. A decisão visa evitar que a Jovem Pan se esquive de responsabilidades por sua conduta de disseminar conteúdos ilícitos. O Google, por sua vez, afirmou que preservou todas as URLs indicadas pela Sleeping Giants.

A Jovem Pan, em nota, afirmou que a ação foi apenas para garantir que os vídeos não fossem apagados e que o MPF já havia opinado pela extinção do processo. A emissora reafirmou seu compromisso com o jornalismo independente e o respeito às instituições democráticas.

Contexto das Investigações

A emissora tem enfrentado críticas e investigações por supostamente disseminar desinformação, especialmente após os eventos de 8 de janeiro. O MPF investiga a potencial incitação a atos antidemocráticos por meio de conteúdos veiculados pela Jovem Pan. A situação continua a se desenrolar, com a possibilidade de recursos à decisão judicial.