Clã de Trump expande negócios entre setores público e privado no Oriente Médio

O governo do Catar presenteou Donald Trump com um Boeing 747-8, avaliado em 400 milhões de dólares, gerando preocupações sobre possíveis conflitos de interesse. O presente foi oferecido para facilitar os deslocamentos do ex-presidente dos EUA, mas levantou questões sobre a influência de sua família em negócios na região.

O xeique Mohammed bin Al Thani, monarca do Catar, justificou o gesto como uma prática comum entre aliados. No entanto, a doação de um jato luxuoso, em vez de um presente mais modesto, provocou reações de desconfiança, especialmente considerando as recentes atividades diplomáticas de Trump no Oriente Médio.

Desde que assumiu a presidência, Trump tem criticado as aeronaves oficiais, que têm 35 anos e estão desatualizadas. Ele havia encomendado novos modelos à Boeing, mas atrasos na entrega o levaram a aceitar o presente. Antes de aceitar, consultou advogados para garantir que não violaria nenhuma lei. Contudo, o novo avião não possui sistemas de defesa adequados, o que limita seu uso a voos dentro dos EUA, sempre com escolta de caças.

A controvérsia se intensifica em meio a acordos de cooperação assinados por Trump com a Arábia Saudita, totalizando 600 bilhões de dólares. Enquanto isso, seu filho, Eric Trump, promove negócios imobiliários na região, levantando preocupações sobre a reputação dos EUA e a segurança nacional.

Além disso, a família Trump está expandindo seus negócios em criptomoedas, com um fundo de Abu Dhabi anunciando um contrato de 2 bilhões de dólares envolvendo uma empresa subsidiária que admitiu violar leis de lavagem de dinheiro. Críticos apontam que essas ações comprometem a diplomacia americana e favorecem interesses pessoais da família Trump.