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29 de mai 2025

Igrejas evangélicas podem reforçar ciclo de violência doméstica contra mulheres

Mais de 40% das mulheres evangélicas enfrentam violência doméstica. O papel das igrejas e seus ensinamentos pode agravar essa situação.

Foto:Reprodução

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O último relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que mais de 40% das mulheres evangélicas já enfrentaram violência doméstica. Esse dado alarmante destaca a urgência de discutir o papel das igrejas nesse cenário. A análise sugere que certos ensinamentos bíblicos sobre submissão e liderança patriarcal podem contribuir para a perpetuação dessa violência.

A psicóloga americana Lenore Walker descreveu o ciclo da violência doméstica em três fases: agressões leves, aumento da tensão e um período de arrependimento do agressor. Muitas mulheres, pressionadas por normas sociais e condições econômicas, acabam se submetendo a esse ciclo, que pode culminar em feminicídio. As igrejas, ao promoverem a submissão feminina, podem inadvertidamente reforçar essa dinâmica.

Um dos ensinamentos comuns nas igrejas é que a mulher deve se submeter ao marido, o que pode levar à crença de que essa submissão mudará o comportamento do parceiro. Essa ideia cria uma falsa expectativa de controle sobre o agressor. Por outro lado, os homens são frequentemente ensinados a ser "cabeça do lar", o que pode reforçar a noção de posse sobre a mulher.

Além disso, a ênfase em "manter o casamento a qualquer custo" impede que mulheres rompam relacionamentos abusivos. Muitas vezes, elas se sentem culpadas por não terem orado o suficiente ou por não terem se submetido adequadamente. A crença na rápida mudança do agressor arrependido também é problemática, pois as lideranças religiosas não costumam verificar a genuinidade dessa mudança.

A análise conclui que é necessário um olhar mais crítico sobre os ensinamentos nas igrejas. A liderança deve ser baseada no amor e no serviço, conforme exemplificado por Jesus, e não em uma estrutura patriarcal que perpetua a violência.

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