05 de jun 2025
Governo Lula enfrenta queda de popularidade e desafios fiscais antes de 2026
Narrativa da "herança maldita" volta com força no governo Lula, enquanto Haddad distorce dados econômicos para isentar a gestão atual.
Foto:Reprodução
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A popularidade do governo Lula continua em queda, com índices de aprovação em torno de 40%, acendendo o alerta para as eleições de 2026. Apesar de uma leve melhora na percepção sobre a inflação, escândalos como o do INSS e o aumento das alíquotas do IOF impactaram negativamente a imagem do presidente. Cinquenta por cento dos brasileiros consideram erráticas as decisões de aumento de impostos, e 31% responsabilizam Lula pela fraude bilionária nas aposentadorias.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um novo pacote de medidas fiscais, mas enfrenta críticas sobre como implementar cortes de gastos com as eleições se aproximando. A narrativa da "herança maldita" do governo Bolsonaro voltou a ser utilizada pelo PT, tentando isentar o governo atual de responsabilidades econômicas. Em eventos recentes, Haddad distorceu dados, alegando um déficit estrutural herdado de 2% do PIB, enquanto relatórios oficiais indicam superávits.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) revelou que o resultado estrutural do governo central foi positivo em 0,6% do PIB em 2021 e 0,3% em 2022. No entanto, sob a gestão Lula, esse superávit se transformou em um déficit de 1,4% do PIB em 2023. Haddad também afirmou que a carga tributária e a receita primária federal são as menores em dez anos, mas dados oficiais mostram que a carga tributária foi a maior desde 2015.
Além disso, Haddad mencionou que o governo Lula está estabilizando o orçamento após uma década de déficit crônico. Contudo, dados oficiais indicam que o governo central teve um superávit primário de 0,5% do PIB em 2022, enquanto o déficit foi de 2,4% em 2023. A dívida pública bruta também aumentou, passando de 71,7% do PIB em 2022 para 76,1% em 2024.
Por fim, Haddad declarou que o governo Lula retomou os investimentos, mas os números do IBGE mostram que a taxa de investimento foi maior em 2022 do que nos dois primeiros anos da atual gestão. O cenário econômico continua desafiador, com 11.941 obras paradas no país, representando 52% das contratações.
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