Conflitos entre jurados de Harvey Weinstein ameaçam andamento do julgamento
Júri de Harvey Weinstein enfrenta impasse em Nova York, com pedidos de esclarecimento sobre "dúvida razoável". Decisão pode impactar o #MeToo.
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As deliberações do júri no caso de Harvey Weinstein estão marcadas por tensões e incertezas. O ex-produtor de cinema, condenado em 2020 a 23 anos de prisão por agressões sexuais, enfrenta um novo julgamento em Nova York, após a anulação da sentença anterior. O clima no tribunal se intensificou, com jurados expressando dificuldades em chegar a um veredicto unânime.
Na última segunda-feira (9), o juiz Curtis Farber recebeu notas do júri, que indicavam um ambiente conturbado. Um membro solicitou uma conversa com o juiz, mencionando que a situação não estava "indo muito bem". Outro jurado pediu esclarecimentos sobre a definição de "dúvida razoável", essencial para a emissão de um veredicto, a fim de evitar um possível júri em desacordo.
Tensão no Júri
As deliberações começaram a se complicar após um jurado expressar preocupação com o comportamento de outros membros, que estariam tentando influenciar suas opiniões. O juiz, ao recusar o pedido de destituição do jurado, afirmou que discussões acaloradas são normais nesse tipo de situação. O júri deve decidir se Weinstein é culpado de agredir a ex-assistente de produção Miriam Hayley e a ex-modelo Kaja Sokola, além de estuprar a atriz aspirante Jessica Mann.
Weinstein, que já foi condenado por crimes sexuais e cumpre uma pena de 16 anos na Califórnia, observa o desenrolar do julgamento impassível. O caso atual destaca as acusações de mais de 100 mulheres que relataram experiências de assédio e agressão sexual por parte do ex-mogul de Hollywood. A expectativa é que o juiz forneça novas instruções ao júri para facilitar a resolução do impasse.
Implicações do Julgamento
A decisão do júri não apenas determinará o futuro de Weinstein, mas também poderá impactar o movimento #MeToo, que ganhou força após suas condenações anteriores. O novo julgamento, iniciado em abril, é uma oportunidade para que as vítimas busquem justiça em um contexto que já foi marcado por controvérsias e debates sobre a cultura de silêncio na indústria cinematográfica.
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