Trump e Musk: da amizade incondicional à guerra total em quatro atos

A relação entre Donald Trump e Elon Musk, que parecia promissora, chegou ao fim de forma abrupta após uma disputa pública sobre uma proposta de reforma tributária. O rompimento ocorreu na última quinta-feira, quando Musk criticou o projeto, chamado por Trump de “grande e bela proposta”, que prevê cortes de impostos e saúde para cerca de 11 milhões de pessoas, além de um aumento no déficit público de US$ 2,4 trilhões.

Musk, que até então ocupava o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental, expressou sua desaprovação em uma postagem na rede social X, chamando a proposta de "abominação". A resposta de Trump foi de surpresa e decepção, levando a uma troca de insultos e ameaças entre os dois. Analistas acreditam que essa ruptura pode ter um impacto significativo nas dinâmicas do conservadorismo americano.

O rompimento é descrito como uma "guerra total" por Raheem Kassam, aliado de Steve Bannon, que afirmou que não há possibilidade de reconciliação. A relação entre os dois magnatas, que começou em 2017, evoluiu de um encontro inicial a uma aliança que influenciou a política americana, especialmente com o apoio financeiro de Musk à campanha de Trump, que ultrapassou os US$ 260 milhões.

A separação pode acentuar as divisões dentro do Partido Republicano, especialmente entre os que buscam lucros de curto prazo e aqueles que preferem um sistema econômico mais estável. Enquanto Trump tenta seguir em frente, Musk permanece em silêncio nas redes sociais, refletindo a tensão entre os dois. A situação continua a ser monitorada, pois ambos têm muito a perder com essa ruptura.