12 de jun 2025
99 revela que uso profissional de motos reduz mortes em comparação ao uso pessoal
Câmara de São Paulo debate regulamentação do transporte de passageiros por motos de aplicativo, enquanto a 99 apresenta pesquisa sobre segurança.
Serviço de mototáxi chegou a funcionar em São Paulo, mesmo com proibição da prefeitura (Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)
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No dia em que a Câmara Municipal de São Paulo realiza a terceira audiência pública sobre a regulamentação do transporte de passageiros por motos de aplicativo, a 99 apresentou uma pesquisa que indica que o uso profissional de motos tem 2,8 vezes menos acidentes por 100 mil quilômetros rodados em comparação ao uso pessoal. O serviço, atualmente proibido na cidade por um decreto de 2023, enfrenta resistência da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que se opõe à sua liberação devido ao alto índice de mortes no trânsito, especialmente entre motociclistas.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Cordial, analisou dados da PNAD Contínua e da pesquisa Origem Destino, do Metrô, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024. Os resultados mostram que, enquanto o 99 Moto registrou apenas oito sinistros a cada 100 mil motos, a taxa geral é de 34 acidentes a cada 100 mil motos. A 99 e a Uber têm pressionado a administração municipal, argumentando que não são responsáveis pelas mortes de motociclistas, um problema que já existe há anos.
Desde o início do ano, a batalha judicial entre as empresas e a prefeitura se intensificou. Em janeiro, a 99 lançou o serviço de transporte de passageiros, mas a prefeitura o considerou ilegal. A situação se agravou com decisões judiciais que mantiveram a proibição, apesar de um julgamento que declarou inconstitucional o decreto de Nunes. A Câmara Municipal discute três projetos de lei para regulamentar o serviço, mas a aprovação pode demorar até o segundo semestre.
Desdobramentos e Expectativas
A regulamentação proposta inclui requisitos como cursos para condutores e a obrigatoriedade de seguro em caso de acidentes. Recentemente, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto que exige regulamentação municipal para o funcionamento de mototáxis e motoapps. No entanto, as empresas acreditam que essa norma pode ser inconstitucional, uma vez que contraria a legislação federal.
Representantes da 99 e da Uber têm se mobilizado junto a vereadores e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para reverter a proibição. O Órgão Especial do TJSP deve decidir, ainda este mês, sobre a constitucionalidade da proibição do serviço na capital. A pressão por regulamentação e a busca por soluções para a segurança no trânsito seguem como temas centrais nas discussões em andamento.
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