09 de jul 2025
Governo estabelece CNU como política permanente com provas a cada dois anos
Governo federal planeja implementar o Concurso Público Nacional Unificado como política permanente, após diálogo com o MPF sobre cotas raciais.

Ministra Esther Dweck (Foto: Daniel Fagundes/Valor)
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O governo federal, por meio da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou planos para tornar o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) uma política permanente a partir de 2027. Em entrevista, Dweck destacou que a intenção é estruturar o concurso de forma semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), buscando uma execução mais eficiente com a ajuda da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
A ministra ressaltou que a primeira edição do CPNU ocorreu em 2025, devido às restrições impostas por ser um ano eleitoral em 2026. "O ideal para o serviço público são concursos com menos vagas para cada área, mas somadas muitas vagas, de forma mais perene e frequente," afirmou Dweck, enfatizando a importância de evitar grandes choques de gerações no serviço público.
Diálogo com o MPF
No entanto, o CPNU enfrenta desafios. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou a suspensão da divulgação dos resultados da primeira edição até que questões relacionadas às cotas raciais sejam resolvidas. A recomendação foi feita em janeiro, e o MPF pediu a suspensão imediata da segunda edição do concurso na semana passada, levantando preocupações sobre o cumprimento das regras estabelecidas na legislação brasileira.
Diante dessa situação, a ministra Dweck afirmou que sua equipe está em diálogo com o MPF para esclarecer as questões levantadas. O governo busca garantir que o CPNU atenda às exigências legais e promova a inclusão, respeitando as diretrizes de cotas raciais. A expectativa é que, após os ajustes necessários, o concurso possa ser realizado de forma regular e eficaz, contribuindo para a formação de um serviço público mais representativo.
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