13 de jul 2025
Feira da Glória proíbe barracas de comida e feirantes denunciam prejuízos
Feirantes da Feira da Glória enfrentam prejuízos após interdição da Secretaria Municipal de Ordem Pública, afetando mais de 50 barracas.

Feira da Glória com agentes da Seop e mercadoria dos feirantes (Foto: Foto do leitor)
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Na manhã deste domingo, 13 de julho, feirantes da Feira da Glória foram impedidos de montar suas barracas em um trecho da Avenida Augusto Severo, no Rio de Janeiro. A ação foi realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) e a Subprefeitura do Centro, que alegaram que a instalação das barracas "extrapola o traçado autorizado para a feira livre".
Os vendedores, que atuam no local há anos, expressaram descontentamento e prejuízos significativos. Guilherme Brainer, do Risoto do Seu Zé, relatou que havia investido milhares de reais na produção de alimentos e não conseguiu montar sua barraca. Ele destacou que tentaram regularizar a situação junto à SEOP, mas sem sucesso. Estima-se que mais de 50 barracas de comida não foram montadas, afetando diretamente os feirantes que já tinham os pratos preparados para venda.
Entre os afetados, estavam Latifa Adunni Hassan e seu filho, Mubarak Hassan, refugiados da Nigéria. Eles contaram que acordaram às 2h da manhã para preparar a comida, mas foram surpreendidos pela interdição. Mubarak calculou um prejuízo superior a R$ 6 mil devido à falta de aviso prévio sobre a proibição.
Reações e Contexto
A Feira da Glória, recentemente declarada patrimônio histórico, cultural e imaterial do Estado, tem atraído um número crescente de feirantes e clientes. Guilherme mencionou que a feira cresceu nas últimas semanas, mas também gerou reclamações de moradores sobre a ocupação do espaço público. Ele acredita que essas queixas podem ter influenciado a ação da SEOP.
A secretaria, em resposta, não comentou sobre as reclamações dos moradores, mas afirmou que realiza ações de ordenamento urbano todos os domingos para garantir a organização do espaço. A SEOP também destacou que as barracas em questão comprometiam o canteiro central, incluindo árvores e um ponto de ônibus na área.
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