13 de jul 2025
França dobra orçamento militar até 2027 para enfrentar ameaças na Europa
Macron antecipa aumento do orçamento de defesa para € 64 bilhões até 2027, citando ameaças à liberdade na Europa.

O presidente da França, Emmanuel Macron, discursa para líderes militares no Hôtel de Brienne, em Paris, na véspera do desfile anual da Queda da Bastilha (Foto: Ludovic MARIN / AFP)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo um aumento significativo no orçamento de defesa do país, que passará para € 64 bilhões até 2027, antecipando-se ao cronograma anterior de 2029. A medida visa enfrentar o que Macron descreveu como uma ameaça crescente à liberdade na Europa, especialmente em decorrência das ações da Rússia.
Durante um discurso às Forças Armadas, Macron enfatizou que nunca desde 1945 a liberdade esteve tão ameaçada. Ele citou a guerra na Ucrânia, o terrorismo e a guerra cibernética como fatores que justificam o aumento dos gastos. O presidente afirmou que a Europa deve se preparar para um cenário de conflitos, destacando a necessidade de ser temido para ser livre.
O plano de Macron inclui um aumento de € 3,5 bilhões em 2024 e mais € 3 bilhões em 2027. A aprovação do parlamento francês será necessária para a implementação das mudanças. Apesar do déficit orçamentário de 5,8% e da dívida pública de 113% do PIB, Macron pediu à população que esteja ciente das ameaças e que todos façam sacrifícios para garantir a segurança nacional.
Contexto Fiscal e Reações
O primeiro-ministro François Bayrou deve apresentar o orçamento de 2026 na próxima terça-feira, que incluirá cortes de € 40 bilhões em diversos ministérios. Enquanto isso, a Alemanha anunciou planos para aumentar seus investimentos em defesa, propondo um orçamento militar de € 162 bilhões até 2029.
Macron afirmou que os gastos adicionais não serão financiados por dívidas, mas sim por meio de reformas econômicas que visem aumentar a produtividade. Ele destacou que este esforço é vital para a segurança do país e da Europa. A situação fiscal da França, marcada por restrições orçamentárias, contrasta com a crescente pressão para aumentar os investimentos em defesa na Europa, refletindo as novas realidades geopolíticas.
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