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14 de jul 2025

Indústria do álcool usa populismo e apoio político para minimizar efeitos negativos

OMS alerta sobre riscos do álcool em nova guia, enquanto políticos minimizam perigos e promovem consumo em discursos.

Informação falsa ou enganosa, não, graciaskrisanapong detraphiphat (Foto: Getty Images)

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Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma guia para jornalistas que alerta sobre os riscos associados ao consumo de álcool. O documento destaca que o álcool é responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes anuais e enfatiza a necessidade de uma comunicação mais rigorosa sobre seus perigos.

Apesar das evidências científicas, figuras políticas continuam a trivializar o consumo de bebidas alcoólicas. A presidenta da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, por exemplo, fez declarações que celebram o consumo de álcool, afirmando que "somos de Madrid, nos gostam as terrazas e a cervecilla". Esse tipo de retórica é comum e visa conquistar apoio popular, mas ignora os riscos à saúde.

A OMS ressalta que não existe consumo seguro de álcool, pois os riscos começam com a primeira dose. A guia também critica a promoção de alegações de benefícios à saúde associados ao álcool, que são frequentemente disseminadas por influenciadores e na mídia. Embora alguns estudos sugiram efeitos positivos, a legislação proíbe que bebidas alcoólicas façam alegações de propriedades saudáveis.

Além disso, a indústria do álcool tem se beneficiado de estratégias de marketing que minimizam os riscos. A criação de grupos de pesquisa financiados por empresas do setor e a promoção de estudos que favorecem o consumo de álcool são práticas comuns. A OMS alerta que jornalistas e políticos devem ser cautelosos ao abordar o tema, evitando a disseminação de informações que possam normalizar o uso de uma substância que é, na verdade, uma droga legal e perigosa.

A guia da OMS também orienta sobre a importância de identificar conflitos de interesse e a necessidade de uma análise crítica dos estudos que promovem o consumo de álcool. É fundamental que a comunicação sobre o álcool não ignore os dados científicos e os riscos associados, especialmente em um contexto onde o alcoolismo é uma das principais causas de morte preveníveis.

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