Brasileirão registra 12 demissões de técnicos em 13 rodadas nesta temporada

Após 13 rodadas do Campeonato Brasileiro da Série A, 12 técnicos já foram demitidos, refletindo uma significativa rotatividade nas equipes. A mais recente saída foi a de Juan Pablo Vojvoda, que deixou o Fortaleza na noite de segunda-feira, 14 de outubro, após uma sequência de nove jogos sem vitória, incluindo sete derrotas. Vojvoda, que estava no clube desde maio de 2021, é considerado um dos maiores treinadores da história do Fortaleza, tendo conquistado três títulos do Campeonato Cearense e duas Copas do Nordeste.

Com a demissão de Vojvoda, a média de permanência dos técnicos na Série A caiu cerca de 20,2%, passando de 345 para 275 dias. Essa mudança é impulsionada pelas constantes trocas de comando, com quatro novos treinadores assumindo seus cargos apenas desde junho. Entre as mudanças, Daniel Paulista trocou o Remo pelo Sport, Hernán Crespo retornou ao São Paulo, Davide Ancelotti foi contratado pelo Botafogo e Fábio Carille assumiu o Vitória.

Permanência dos Técnicos

A situação atual destaca a fragilidade dos treinadores na elite do futebol brasileiro. Apenas nove clubes, incluindo Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras, ainda não realizaram mudanças em suas comissões técnicas. O primeiro técnico a ser demitido nesta edição foi Mano Menezes, que deixou o Fluminense após a derrota na estreia do campeonato. Desde 2005, o ano com mais demissões foi 2015, com 32 trocas.

Por outro lado, Abel Ferreira se destaca como o técnico mais longevo da Série A, completando 1.719 dias à frente do Palmeiras. Desde sua chegada, o clube conquistou dez títulos, incluindo duas edições do Campeonato Brasileiro e duas Copas Libertadores. Rogério Ceni, no Bahia, e Leo Condé, no Ceará, também figuram entre os treinadores que permanecem em seus cargos por mais tempo, refletindo uma estabilidade rara no atual cenário do futebol brasileiro.