16 de jul 2025
Desânimo e incerteza marcam aliados de Bolsonaro após insistência em anistia
Eduardo Bolsonaro enfrenta resistência interna sobre anistia, enquanto tarifas dos EUA complicam a situação dos bolsonaristas.

Foto: Reprodução
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A proposta de anistia aos golpistas, especialmente a Jair Bolsonaro, enfrenta um cenário complicado. A insistência de Eduardo Bolsonaro em retomar o tema se choca com a resistência de Davi Alcolumbre em pautar o projeto, que já foi apelidado de "anistia meia-boca". A situação se agrava após a imposição de tarifas pelos Estados Unidos, que impactou diretamente as esperanças dos bolsonaristas.
A decisão do presidente americano, Donald Trump, de aplicar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros gerou divisões internas entre os aliados de Bolsonaro. O agronegócio, por exemplo, pressiona por uma postura mais conciliadora. Eduardo Bolsonaro, mesmo em viagem aos EUA, continua a defender a anistia, que inclui não apenas os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, mas também aqueles que participaram de atos preparatórios.
Divisões e Tensão
A resistência de Alcolumbre já era evidente antes do "tarifaço". Ele deixou claro que não pautaria o projeto, o que deixou os bolsonaristas em um estado de incerteza. Um deputado da base lamentou: "Temos que esperar. Esperar o 1º de agosto, quando as novas tarifas entrarão em vigor, e a volta do recesso do Congresso em 4 de agosto". Essa indefinição tem gerado um clima de desânimo entre os apoiadores do ex-presidente.
A proposta de anistia, que também busca incluir exilados como o influenciador Allan dos Santos, se tornou cada vez mais remota. A abertura de uma investigação comercial contra o Brasil pelos EUA complicou ainda mais a situação. Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, procurou a embaixada americana em busca de soluções, gerando descontentamento entre os bolsonaristas.
Futuro Incerto
Eduardo Bolsonaro afirmou que autoridades americanas sugeriram asilo político para ele e sua família, mas a proposta foi rejeitada. Em meio a essa crise, Jair Bolsonaro permanece ambivalente, afirmando que a solução depende das autoridades brasileiras. A anistia, segundo ele, poderia trazer paz econômica, mas o apoio no centrão se desgastou com as novas tarifas. A luta interna entre os aliados de Bolsonaro reflete a busca pelo espólio eleitoral do ex-presidente, com diferentes visões sobre como proceder.


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