16 de jul 2025
Justiça argentina cobra R$ 3 bilhões de Cristina Kirchner e outros condenados
Cristina Kirchner e outros réus têm dez dias para ressarcir R$ 3 bilhões ao Estado, sob risco de arresto de bens.

Cristina Kirchner discursa em Buenos Aires antes de ser proibida de entrar nos EUA por acusações de corrupção (Foto: Emiliano Lasalvia/AFP)
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Um tribunal argentino determinou que a ex-presidente Cristina Kirchner e outros oito réus condenados por corrupção devem ressarcir os cofres públicos em R$ 3 bilhões. A decisão, divulgada pela imprensa local, é resultado de um processo que apura a administração fraudulenta de contratos de obras públicas.
Kirchner, que já cumpre pena de seis anos de prisão em regime domiciliar, foi considerada culpada por causar danos ao erário durante seu mandato. O tribunal estipulou que o valor total de 684,9 bilhões de pesos argentinos deve ser depositado em uma conta específica em até dez dias úteis, com prazo final até 13 de agosto. Caso contrário, a Justiça poderá bloquear bens dos condenados.
Entre os réus, além de Kirchner, estão o empresário Lázaro Báez e ex-funcionários, cujas penas variam de três anos e meio a seis anos de prisão. A condenação foi confirmada pela Corte Suprema da Argentina, que destacou a gravidade das irregularidades nas concessões de obras na província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner.
Detalhes da Condenação
A sentença se baseou em uma perícia que avaliou o dano causado ao erário durante a administração de 51 contratos públicos entre 2007 e 2015. A maior parte das licitações foi vencida por empresas ligadas a Báez, que tinha uma relação próxima com os Kirchner. A Justiça considerou que houve uso sistemático do aparato estatal para fins privados.
Kirchner, que declarou um patrimônio de cerca de 250 milhões de pesos em 2023, não poderá mais ocupar cargos públicos. Sua defesa ainda não se manifestou sobre a possibilidade de recorrer da decisão. Aliados da ex-presidente afirmam que ela busca apoio em tribunais internacionais para contestar a condenação, alegando perseguição política.
Implicações Legais
A ordem de ressarcimento tem caráter solidário, o que significa que não especifica quanto cada réu deve pagar individualmente. A situação continua a gerar debates acalorados no cenário político argentino, refletindo a complexidade dos casos de corrupção no país. A Justiça argentina se prepara para iniciar a execução forçada de bens caso os réus não cumpram a determinação.
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