16 de jul 2025
Tribunal mexicano revisa prisão preventiva de Israel Vallarta após 19 anos
Tribunal revisa prisão preventiva de Israel Vallarta após quase 20 anos, considerando medidas alternativas devido ao estado de saúde do detido.

Detenção de Israel Vallarta em Cidade de México, no dia 9 de dezembro de 2025. (Foto: Pedro Marruf - Cuartoscuro)
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Israel Vallarta, preso há quase 20 anos sem sentença, recebeu uma nova esperança após um tribunal colegiado determinar a revisão de sua prisão preventiva. A decisão, que pode levar a uma audiência sobre a possibilidade de medidas alternativas, como o arresto domiciliar, foi motivada pelo agravamento da saúde de Vallarta.
Detido em 2005, Vallarta é alvo de críticas por irregularidades processuais e tortura. A Defensoria Pública, que representa o réu, tem solicitado a mudança de sua medida cautelar, alegando que sua saúde se deteriora a cada dia no presídio de Almoloya de Juárez, no Estado do México. A situação é complexa, pois as autoridades judiciais frequentemente atribuem a demora no julgamento à defesa de Vallarta.
Recentemente, o Comitê contra a Tortura da ONU reiterou a necessidade de garantir cuidados médicos adequados e sugeriu a aplicação de medidas alternativas à prisão. Em resposta, a Defensoria Pública apresentou um novo pedido de amparo, enfatizando que a saúde de Vallarta é degenerativa e incompatível com a prisão preventiva.
O tribunal de apelação do Décimo Terceiro Circuito acatou o pedido da defesa e ordenou que a juíza Marina Vieyra convoque uma audiência para discutir a situação. Essa é a primeira vez que a juíza terá a oportunidade de avaliar a prisão preventiva de Vallarta, que já dura quase duas décadas. A expectativa é que a audiência possa abrir caminho para uma mudança na medida cautelar.
A Defensoria Pública expressou preocupação com a possibilidade de a Procuradoria Geral da República tentar contestar a decisão do tribunal. O caso de Vallarta, que foi detido junto com Florence Cassez em um episódio marcado por tortura e manipulação policial, continua a ser um símbolo das falhas do sistema judiciário mexicano. A justiça, segundo a Defensoria, não pode mais esperar.
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