17 de jul 2025
Brasil rejeita imposições de Trump e busca diálogo sobre tarifas comerciais
Lula critica tarifas de Trump e afirma que Brasil buscará novos mercados se medidas forem mantidas. OMC pode ser acionada.

O presidente Lula durante entrevista à rede de TV americana CNN (Foto: Reprodução)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump sobre as exportações brasileiras, em entrevista à CNN Internacional. Lula afirmou que utilizará todas as palavras do dicionário para negociar a reversão da medida e que o Brasil pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) se necessário. Ele expressou sua surpresa com a forma como Trump comunicou a tarifa, através de uma postagem em sua rede social, sem seguir os protocolos diplomáticos adequados.
Lula destacou que o Brasil não aceitará imposições e que busca uma relação pacífica com os Estados Unidos, que possui um histórico de 200 anos de boas relações. O presidente brasileiro lamentou que, em vez de diálogo, os dois países possam enfrentar uma batalha judicial. Ele enfatizou que o Brasil está aberto a negociações, mas não se submeterá a ordens externas.
Resposta à Tarifa
O presidente também mencionou que, caso as tarifas permaneçam, o Brasil buscará abrir novos mercados. Lula contestou a alegação de que o Brasil tem um déficit na balança comercial com os EUA, afirmando que, na verdade, os Estados Unidos têm um superávit de US$ 4,1 bilhões nos últimos 15 anos. Ele criticou a falta de multilateralismo na abordagem de Trump e reafirmou que o Brasil não aceitará imposições unilaterais.
Além disso, Lula abordou a situação política interna, afirmando que a Justiça no Brasil é independente e que não interferirá em processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele reiterou que Bolsonaro é julgado por suas ações e que o governo brasileiro não se envolverá em questões judiciais.
Caminhos Futuros
O governo brasileiro está em busca de apoio no setor privado dos Estados Unidos para mitigar os impactos das novas tarifas. Lula anunciou que dará uma resposta à carta de Trump no momento apropriado, destacando que o Brasil prefere negociar em paz. Ele concluiu que a comunicação entre as nações deve ser respeitosa e que o Brasil é um aliado histórico dos EUA, mas não aceitará imposições.




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